domingo, 27 de junho de 2010

Obesidade Infantil


Está se tornando comum nos depararmos com crianças evidenciando patologias e psicopatologias, que antes incidiam na adultez, o que nos leva a refletir sobre quais seriam os verdadeiros motivos dessas ocorrências.
Nessa semana me deparei com um caso de Bulling infantil pelo fator obesidade, bem antes de eu tratar sobre o Bulling para uma melhor compreensão vamos falar um pouco sobre a importância dos cuidados a serem tomados quanta à alimentação na infância, que vai desde anorexia, bulimia à obesidade, nos detendo neste momento a Obesidade.
A preocupação da mãe deve se iniciar-se já na fase intra-uterina. Para que o bebê ao nascer tenha a quantidade suficiente e adequada de células gordurosas, com isso é de suma importância que a mãe tenha uma alimentação correta, balanceada durante toda a gestação tomando cuidado para não engordar demais (de nove a doze quilos é o ideal). Observamos que em geral os bebes ao nascer que e são oriundos dessa gravidez de alimentação desregrada, não se satisfazem apenas com a amamentação materna após seu nascimento, precisando conseqüentemente de uma complementação.
É no primeiro ano de vida e fase pré-escolar, o estágio mais importante para o futuro da criança na balança. É importante ressaltar aos pais de que o bebê gordo não é sinônima saúde. O ideal é que este tenha alimentação corretamente com nutrientes indispensáveis em quantidade suficiente. Uns dos fatores principais que contribuem com a obesidade infantil são os curtos períodos de amamentação, ingestão de alimentação inadequada muito cedo, distúrbios na alimentação, relação familiar instável, além do problema genético
Não podemos deixar de ressaltar que nosso comportamento é adquirido e reforçado, portanto se os pais não possuem uma alimentação saudável, com verduras, frutas, e pratica de exercício, os filhos também não terão, já que este copiam o comportamento de seus pais. Na fase em que nos encontramos onde os pais trabalham muito, a tendência e recorrer à preparação de alimentos congelados, lanches e a fast foods.
Quanto à fatores psíquicos: as crianças obesas em geral sentem-se envergonhadas em razão de sua aparência física e de um conceito pré-estabelecido que a obesidade ocorre por preguiça ou falta de força de vontade. Observa-se que para algumas crianças e adolescentes, a comida funciona como uma" válvula de escape", e quanto mais ansiosos, mais comem. Sem deixarmos de destacar os problemas hormonais. O alimento excessivo ou inadequado é prejudicial tanto do ponto de vista fisiológico, no que se refere a distúrbios digestivos, quanto do psicológico , ou problemas emocionais no que se refere à conduta alimentar. Em estudos feitos, observou-se que as maiorias das crianças obesas têm mãe dominadora e pais pouco agressivos, com pouca ambição e estas se tende a sentir-se rejeitadas (acima de 50%);
Mesmo considerando que não há um perfil único, vários autores (CAMPOS, 1995; BATTISTONI, 1996;VIUNISKY, 1999; PARIZZI e TASSARA, 2001; ZIPPER et al., 2001), apontam como características encontradas nos pacientes obesos: dependência e passividade, imaturidade sexual, agressividade reprimida, tendência à depressão, baixa auto-estima, dificuldade nas relações interpessoais e no contato afetivo com os outros, falta de limites, dificuldade em expressar sentimentos, depreciação da imagem corporal, citando-se ainda que problemas mentais aparecem numa frequência de 56%, na população infanto-juvenil obesa, quando avaliados através de métodos padronizados (ZIPPER et al., 2001).
Quais os males da obesidade infantil:
- Problemas com os ossos e articulações.
- Dificuldades para desenvolver algum esporte ou outro exercício físico devido a dificuldade para respirar e o cansaço.
- Alterações no sono.
- Amadurecimento prematuro. As meninas obesas podem entrar antes na puberdade, ter ciclos menstruais irregulares, etc.
- Hipertensão, colesterol e enfermidades cardiovasculares.
- Distúrbios hepáticos.
- Desânimo, cansaço, depressão, queda no rendimento escolar.
- Baixa auto-estima, isolamento e discriminação.
- Trastornos que levam à bulimia e anorexia nervosa.
- Problemas cutâneos.
- Ocorrência de diabetes
Segundo especialistas, a obesidade quando se manifesta na infância e persiste na adolescência, e não tratada a tempo, provavelmente se arrastará até a idade adulta
Diante desses apontamentos, é importante sempre lembrarmos que a criança de hoje será o adulto de amanhã, não podemos ignorar fatores simples que contribuem para o não sedentarismo como o brincar, a pratica de esportes, a criança que engatinha ao invés de iniciar a andar no andador , aprende a se esforçar criando desde ai o hábito saudável do esforço, da curiosidade, da iniciativa, o que devemo evitar é que este prefira estar frente ao vídeo game, computador, utilização de controles remotos entre outros fatores que acreditamos ser facilitadores de nossa vida.
Material consultado:
• http://www.tudoemfoco.com.br/obesidade-infantil-o-que-e-causas-consequencias-obesidade-infantil.html
• http://www.pensemagro.com.br/modulos/canais/descricao.php?cod=4&codcan=1
• TARDIVO .Leila Salomão de La Plata Cury Relações entre sinais de depressão e obesidade infantil: resultados preliminares.I Congresso Luso Brasileiro de Psicologia da Saúde: experiência e intervenções, no período de 5 a 7 de fevereiro de 2009, na cidade do Faro, Algarve - Portugal

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